monstro
Dilacerada, minha pele intacta
Meu intelecto caótico
Minha alma arruinada
Meus nervos, ah, que nervos?
Muda, minha voz calada
Minha mente grita
Minha essência chora
Meus sentidos distorcidos, qual o sentido?
Insana, entorpecida, acabada
Meu corpo em pé, firme
Meu ser caído, quase morto
Agonizante, sufocada, envergonhada
Como uma criança, aterrorizada
Uma fera acuada, ferida
Eu tento lutar, em vão
Procuro me recompor, faltam partes
Incompleta, imperfeita, descartável
Um corpo sem alma
Uma alma que não pertence
A um corpo presente