Pernoite
Pareço esta em um mundo em câmera lenta
Mas na realidade são minhas reações que estão retardadas pelo desequilíbrio
Minha sombra se reduz em um vulto rápido
Meus olhos brilham como vaga-lumes na escuridão
E as letras caminham sobre minha mente
Fazendo da confusão a maior de todas as crenças
Um espelho que mostra o que quero ver
Uma névoa espessa que ludibria meu interior
Enganando-me a cada gota que se dissolve da minha lucidez
Onde o palpitar do meu coração é uma canção de ninar
A suave melodia do meu pensamento
A inquieta valsa da minha dúvida
Onde estou?
Inconsciente na frente desta parede de vidro
Coberto de estupidez e criatividade
Na mistura um coquetel psicodélico de adrenalina
Estou pulando sentado
Mesmo calado eu grito
Mas é como se o controle estivesse clicado no mudo
Não adianta, eu sempre vou ser esse meninão crescido
O que importa no final de tudo
É acordar depois desta zona de guerra vivo.
Contudo, sempre terei a melhor lembrança sem alterações neste chip quebrado.