Versa-me...
(a alma do poeta)
Arranca-me um verso da carne
Sangra-me a pele
Escorrem-me vermelhos filetes de poema
Enquanto a alma me arde em sangria
Na dor sinestésica
E sem anestesia
Arranca-me outro verso
E outro verso
E outro e outro e outro verso...
Sem pena, com ironia
Com a pena versa-me
Versa-me muito
Ai poeta,
Como dói na pele a poesia!...
(a alma do poeta)
Arranca-me um verso da carne
Sangra-me a pele
Escorrem-me vermelhos filetes de poema
Enquanto a alma me arde em sangria
Na dor sinestésica
E sem anestesia
Arranca-me outro verso
E outro verso
E outro e outro e outro verso...
Sem pena, com ironia
Com a pena versa-me
Versa-me muito
Ai poeta,
Como dói na pele a poesia!...