Versa-me...


                           
(a alma do poeta)

Arranca-me um verso da carne
Sangra-me a pele
Escorrem-me vermelhos filetes de poema
Enquanto a alma me arde em sangria
Na dor sinestésica
E sem anestesia
Arranca-me outro verso
E outro verso
E outro e outro e outro verso...
Sem pena, com ironia
Com a pena versa-me
Versa-me muito
Ai poeta,
Como dói na pele a poesia!...
Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 18/07/2013
Reeditado em 18/07/2013
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