A PALAVRA: LIBERDADE

Pobre de mim que me encontro preso,

Envolvido nesse tempo cortinado,

Sob o céu cinzento deste mundo_

Sou tão frágil; tão oscilante; tão só!

Exponho o que penso... O que sinto...

Os acontecimentos estão em minha volta...

Luminosidade ofuscando a cor cinza,

Desembocando raios nascentes a brilhar,

Colorindo o meio das coisas confusas_

O homem sentido não consegue sentir,

Apenas ousa imaginar além do cortinado;

Esse tecido lhe é como um muro alto...

Perdido me encontro por entre as palavras,

Ousado tento ver o que tem atrás do muro,

Não contesto, apenas procuro entender

O eco uníssono dessa multidão

Que balbucia em sua defesa tão opaca,

Luz patética, computadorizada...

Gritam e logo dão as costas,

O tempo descortina cinzentamente_

Voltam a lutar por seu salário de migalhas;

Voltam a ter os sentimentos sentidos,

Tão sombrios quanto à própria fome_

Preso me encontro nesse tempo cortinado...

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 08/07/2013
Código do texto: T4377739
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