AGONINZANTE

Quando eu já não mais estiver aqui,

Quem dos compassivos derramará uma lágrima

Sobre a morbidez do meu túmulo?

Não lamentes por eu ter partido assim,

As madrugadas continuarão serenas,

Não podemos acalentá-la _ deixa o vento soprar!

A tua suavidade tão falsa me sufoca sempre...

Não interrompa a lágrima que banha a face pálida,

A tua dor e o teu sofrimento hoje são angustiantes,

Vejo no teu semblante o quanto a tua alma sofre _

A humanidade é sórdida demais _ ignore!

O homem é posto diante da sua própria sorte...

Preciso confessar os meus pecados_

São pesados demais para serem pesados...

Sou eu mesmo que velo na solidão o eu livramento...

A dor parece rasgar o meu peito brutamente,

Querendo arrancar a minh’alma o quanto antes,

Tortura que só aumenta a minha tormenta...

Quando eu já não mais estiver aqui,

Então o meu corpo já terá sido baixado,

E o meu nome eternizado nesses versos sombrios...

No leito de morte não brilha luz;

A chama que arde é obscura...

A dor que castigava agora caba...

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 04/07/2013
Código do texto: T4372376
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