ESQUECIDO NA VASTIDÃO NOTURNA

Como é triste perder-se na vastidão

Do esquecimento deixado por alguém,

N’uma voz vilipendiando o adeus_

Quisera nunca ter ouvindo o som da tua voz,

O meu coração não estaria agora tão angustiado,

Nessa noite de pesar tão extremo...

Tão afiado que dilacera o meu peito!

Palavras breves que magoam infinitamente;

Palavras ditas sem pensar, fora do tempo certo...

Quem somos nós para medirmos o tempo?

Eu, tão só... Eu, sozinho... Eu, quem sou?

Poente que não enxergo no horizonte_

Poente agonizante que me mostra

Um tempo cansado de mim mesmo,

De tudo quanto não pude fazer...

Tristeza expondo toda a minha amargura

Nessa vastidão de sofrer por quem não merece_

Espero chegar ao fim desse caos bucólico...

Deixo que a vastidão do esquecimento me arrebate,

Que toda essa tristeza seja lançada n’outra direção;

Trago dentro em mim a minha própria magoa;

Trago a minha noite escura sem pontilhar de estrelas_

Que a noite escura seja tão passageira quanto um segundo,

Qu’eu não mais me perca na vastidão do teu esquecimento...

Jairoberto Costa
Enviado por Jairoberto Costa em 01/07/2013
Código do texto: T4367325
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