INSÔNIA DO MEDO.
INSÔNIA DO MEDO
A insônia beija meu cérebro amado em sua paraplexia
Me desperto acordado nos olhos bagulhosos de anorexia
E a canção vinda dos hospícios,... Faz-me metamorfoses.
A lucidez não é curativa para neurônios em tromboses
O lusco-fusco seda-me onusto de drogas terapêuticas
Mas é gaze num corpo sadio, band-aid ar condicionado
No ordinário vírus de culturismo de imagens farmacêuticas.
O cinomorfo é um hirto pedaço de um nada bem treinado.
Somos tão pobres, que só conseguimos comprar carros
Alegramo-nos sinestésicos! Ricos que só possuem o dinheiro
Puxam uma sege adubando agrotóxicos no seu viveiro
E tossem a radioatividade na coadoção de atos bizarros.
Meus vândalos sentidos primam compreender essa loucura
E é uma laia etnicida de seus subprodutos em sinecura
Onde a parilidade absorve sagaz o fenobarbital propício
De sociedades acomodadas e acamadas num mundo fictício
Numa nidificação de um caos de prioridades hereditárias.
Somos estradas esburacadas nos pedágios de nossos medos
Acintosamente prendemo-nos nas algemas das alimárias
E em vossas veias há o rali de sangue nos bafômetro de bêbedos.
Não estou aforrado da insânia que me dopa, ás putrefeito...
Não durmo no coma de uma civilidade que só escoa pela vida
Quero mais que essa insônia do medo seja desenvolvida!
E que agonize seus santos conceitos, na imundícia do meu respeito.
CHICO DE ARRUDA.