A Meia Noite
à Franciélia Oliveira, minha flor...
Me percebo tão sonolento
Que até os pés dormem.
O caminho é longo demais
Para pouca vontade de andar.
Paro a margem do caminho
E espero que o vento me leve.
Pensando eu ser pluma jovem
Adormeço sem pudor ao sol.
E acordo-me desidratado,
Pois quem adormece no caminho
Nem vento nem chuva visita,
Somente o sol resseca a pele.