PESADELOS

Há medo, em cada anoitecer.

Tuas lembranças tomam-me como fantasmas,

Sei que escondes atrás de minhas pupilas, e quando as fecho, vem tua imagem assombrar-me.

Carrega contigo o gélido pavor, por traz de toda a tua frieza, causando-me arrepios por toda a espinha dorsal, até a nuca.

Acelera-me às batidas, as quentes e úmidas lembranças de teus beijos. Afrontados pelo pânico que me tira o fôlego, ao pensar na dor que me causaste.

Seca-me a boca, e minhas mãos tremem ao tocar teu corpo nu, em meus devaneios.

Enquanto meu, não havia medo. Na perda, há somente o desespero.

O trágico fim, me soa pior que grito perdido em meio à madrugada,

Tão quão ou pior, que tuas gargalhadas ao rolar sobre mim...

Poupe-me tantos enfados, e acabe logo com esse suspense, crave em meu peito o golpe fatal, e saboreie meu sangue junto ao meu líquido e teu vinho tinto suave.

Toma-me por inteiro, e faz de meus restos, parte de teu todo, pois só assim poderei existir.

Prova-me na essência, em corpo, alma e mente.

Tenha-me ao menos, como uma de tuas vítimas em série.

Antes meu medo, que o teu desprezo.

E volte toda noite a assombrar meu ser.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 06/06/2013
Reeditado em 07/08/2013
Código do texto: T4327552
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