Quem sou eu?
Até que ponto eu sou guiado,
Conduzido, persuadido, bombardeado, condicionado?
Será que eu sei mesmo o que seria sem tanta informação dirigida?
Essas opiniões são minhas mesmo
Ou são um produto ora dos ingredientes que me põem à mão
Ora dos pacotes prontos que me sugerem?
Será que as conclusões que eu tiro são previstas
Por gênios irradiadores
Será que sou um multiplicador inconsciente,
Um robô pretensioso e inocente?
Que as minhas réplicas fazem parte de um script?
Ou este pensamento é reflexo de infundadas desconfianças?
Será que há uma linha verdadeira?
Uma quase divina verdade absoluta?
Será que sou sério sobre as piadas da vida
Ou sou uma piada pretendendo uma seriedade sobre o inconcebível?
Será que estes pensamentos são insanos?
E se assim for, de que me valeram estes anos?