CONFESSO!
No vento gelado das lembranças
Sou pássaro sem canto!
Meu pergaminho chora...
A tua ausência!
O céu partiu-se ao meio
As lágrimas abrem cicatrizes
Meu poema queima!
As letras deitam na folha
Toda minha agonia...
Meu puro sentimento...
Minhas dores...
Meu lamento...
Ardente melancolia!
Toco-te sem que me sintas
Dormes na minha insônia
A certeza duvida... Ânsia me acedia!
Já nem sei se meu Amor vive!
Você desaparece como uma estrada...
Turva... Curva!
Sinto perder-te lentamente
Estou presa por um fio de prata
Por piedade da lua...
Antes de ela vestir-se de luto!
Cobre-me com um manto de estrelas
Enquanto o silencio tagarelando
Dizendo o que eu não quero ouvir
Canta a saudade que eu escuto!
O sono por consolo... Por favor!
Adormeço! Estática... Pálida!
Esquecida aqui estou!
Você não responde... Finge que não ouve!
Minhas palavras perderam o sentido
Meu verso sem endereço definido
CONFESSO!
Minto para mim mesma!
Finjo ao dizer que desisto de ti!
Para que eu possa....
Te desenhar em meus sonhos AMOR!