Tola, mas fatal.
Você acha que só tem a sua vaidade
Que é seu maior bem
E você se agarra a ela sem saber
E ela lhe dita as ações
Indica quais serão os seus sentimentos
Dá-lhe as motivações
Esconde de você outras opções
A vaidade lhe faz mentir pra si mesmo
Como uma eminência parda
Salvo em momentos de retomada
Em que a simplicidade lhe guarda
Porém, a ausência é breve
E segue lhe induzindo a um mundo delirante
Distorcendo sua personalidade
Aos olhos de quem não está distante
Minando sua generosidade com superficialidades
Assoreando a profundidade de sua alma
Relegando a inimiga, nobreza, aos confins de sua alma
Em desafio a disposição dos que lhe amam
A garimpar os valiosos méritos escondidos
A detectar entre entulhos vaidosos dos seus confins
As preciosidades apenas percebidas em relances
Maldita ditadura a que lhe envolve