Vácuo recheado

Não quero me conformar com as minhas limitações

Com a minha finitude

Com a minha passividade

Nem em ser indócil

Não consigo me aquietar com a inquietação

Que me ocorre quase sempre

Induzindo a essas confusões da minha mente

Como a que me impede de ser eloquente

Não admito os impedimentos

As buscas incessantes

A falta de reconhecimento

De quantos eu possa querer influir inutilmente

Abomino as injustiças aparentes

Como as solidões quase frequentes

Que me fazem sofrer

Mas que dizem, as sinto deliberadamente

Detesto as inutilidades supervalorizadas

As revoltas que tenho com essas frivolidades

As besteiras que eu penso e escrevo

Desnecessariamente, me dá nos nervos