DEUSES

DEUSES

Dispo-me da consciência

Fico só com a ciência

Invade-me a demência

Creio-me na opulência

Passarei a brincar de Deus

Aos temores direi adeus

Farei da vida infinito

Escreverei um novo manuscrito

Doravante o Deus serei eu

O homem que vive em mim

Um eterno ateu

Um grande serafim

E é assim que estamos indo

Seguindo, seguindo

Imaginando-nos deuses imortais

Alterando crenças capitais

Mas o infinito

Será finito

E nossa ambição desmedida

Matará a chama da vida

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 18/05/2013
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