DEUSES
DEUSES
Dispo-me da consciência
Fico só com a ciência
Invade-me a demência
Creio-me na opulência
Passarei a brincar de Deus
Aos temores direi adeus
Farei da vida infinito
Escreverei um novo manuscrito
Doravante o Deus serei eu
O homem que vive em mim
Um eterno ateu
Um grande serafim
E é assim que estamos indo
Seguindo, seguindo
Imaginando-nos deuses imortais
Alterando crenças capitais
Mas o infinito
Será finito
E nossa ambição desmedida
Matará a chama da vida