Fim.
Aquele era o momento aquela era a hora;
Sua cabeça rodava sentia sua alma indo embora;
Pensou que seria mais fácil se bebesse algo;
Mas depois daquilo não iria ficar a salvo.
Subiu as escadas inquieto pensando naquilo;
Suas lagrimas seguiam o ritmo de seus suspiros;
Parou em frente a uma porta e se arrepiou;
Olhou para cima sorrindo então adentrou.
O quarto era escuro assim como sua vida;
Voltou a se lembrar do gosto da bebida;
Sorriu ao ver os garotos dormindo ali dentro;
Isso só ficava mais difícil, matá-los custava seus sentimentos.
Chegou ao lado de seu primogênito expressando orgulho;
Se moveu lentamente não queria fazer barulho;
Atrás de si retirou uma lamina quase invisível na escuridão;
Após beijar o garoto na testa enfiou a faca em seu coração.
Silencio, tristeza e devoção só isso existia no momento;
Ao se virar para o outro irmão começou a bater o arrependimento;
Ele já tinha começado tinha que prosseguir;
A mesma lamina agora cortou um pescoço e fez mais sangue jorrar ali.
Sua missão estava quase cumprida, chorava mas nada dizia;
Sabia que o próximo passo era calar sua garotinha;
Outra porta, o mesmo sentimento, agora já estava acabando;
Entrou e sabia o que fazer, mais tinha que continuar chorando.
Mais um beijo e mais um sorriso, uma devoção ainda maior;
E ele sabia que tudo aquilo, ainda iria ficar pior;
Um suspiro forte e a lamina erguida, mas agora uma oração;
Outra vez aquela faca perfurou um coração.
Ali mesmo e sem nenhum sacrifício o pai também se matou;
Pegou aquela faca simples e sua garganta cortou;
Era uma vez a história, de um psiquiatra transtornado;
Que contava em seu histórico um suicídio e três filhos assassinados.
E esse sim poderia, ter sido seu epílogo, seu fim;
Se não tivessem descoberto, um bilhete escrito assim:
"Fiz o que fiz e sei que serei odiado, só que essa era minha única
alternativa de poder encontrar e curar o diabo".