Os olhos da vida

Eu vejo o mundo com os olhos

Corriqueiros que me ocorrem

No dia, na hora, na circunstância...

Nas versões que nunca morrem

Tudo em ultima instância

Na dúvida,

Na relutância.

Lá, sem muita confiança...

Como se promíscuo fosse

Camaleão meio sem metas

Com os focos meio incertos,

Ofuscados pelas pechas

Tanto, que me sempre me irrita

Não ver o que nem cabia

O dispensável que um dia

Viria a se confirmar

Nessas lentes por onde enxergo

Mais pra micro que pra macro

Ficam os micos que arco

Minando o meu estilo

Não vejo para que me serve

Ver tanto do mundo afora

Se os custos que me oneram

São monstros que me devoram