Hospício
“Vivendo estou no meio de loucos,
Loucuras incessantes hão de surgir
A todos os lados sem prevenir...
Tão cansativos são os “sãos”!
Lutando e lutando sem saber para quê...
Um contra o outro sem nenhuma impressão,
Indecisos ficam na beira do abismo;
Pular ou subir...
Voar ou andar...
Nenhum nem outro!
Nada hão de fazer, pois;
O “Sãos”, loucos ficam,
Tão indecisos como um furacão,
Que vai e vem
Destruindo, quebrando, matando,
Confusos, surdos e mudos.
Somos nós, como
Se outrora não ô fôssemos...
Caimos no abismo profundo,
Como a vida obscura
Levada à luz
Que quando se encontram
Matam-se juntas...”