Calçada da Vergonha
Na calçada da vergonha, você tem mãos e pés marcados.
Enfiando os pés pelas mãos, deixando sua marca em tudo o que faz.
Tão você, nada de mim.
Contar seus passos e ver que a conta estava errada,
Seguir você e parar em uma rua sem saída,
Essa é sua vida.
Na calçada da vergonha, você tem mãos e pés marcados.
Enfiando os pés pelas mãos, deixando sua marca de frente pra trás.
Não me acostumei com esse tipo tolo,
De quem não sabe nada,
De quem não entende tirada,
Que piada é você.
Na calçada da vergonha, você anda e te reconhecem.
Pois lá você é alguém,
Sem mais, nem mais, menos talvez.
É aflitivo ver que nem liga, nem mesmo se ligam.
E é assim que me desligo dessa história,
E atravesso a rua para não esbarrar em sua fama.
Abaixo a cabeça, não te reconheço.
Passado é passado, aquilo que esqueço.