sem sentido

Das fartas palavras loucas que te disse,

Foram muitas mas não te servem de lição.

As minhas silabas da métrica que parisse,

São desconexas, sem sentido e sem noção.

Será que prestas atenção no que te digo?

Ou este trapo do tempo me forma mendigo?

Vale bem a pena passar o oceano para te ler,

Valia mais ainda sobrevoa-lo só para te ver,

Vou além dos mares e das marés para saber,

Queria ser o cais onde amaras o teu querer,

Será que queres a minha aproximação?

Ou o tudo que cerco advém da paixão?

Verborreio agora mais que nunca e sem pudor,

Por momentos que passo atras da nossa ânsia,

Deve ser de febre o meu fogo? Este bradar de vigor,

Que da lebre faz lobo? Ou será da tua fragrância?

Será que Amanhã ainda é cedo para ti?

Ou o Hoje ainda possa passar por aqui?

Será que o amanhecer fica tão longe dai?

Ou ao ler-te nos olhos te penetrei e fugi,

Será que seguras na mão que te agarra?

Que te prende e te abraça com a força da garra.

Será que te lembras do nosso odor do Amor?

Ou ao ver-me desfeito, no leito, enfim a dor...

Carlos de Carvalho ^ Pink
Enviado por Carlos de Carvalho ^ Pink em 30/04/2013
Reeditado em 12/05/2013
Código do texto: T4266716
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