sem sentido
Das fartas palavras loucas que te disse,
Foram muitas mas não te servem de lição.
As minhas silabas da métrica que parisse,
São desconexas, sem sentido e sem noção.
Será que prestas atenção no que te digo?
Ou este trapo do tempo me forma mendigo?
Vale bem a pena passar o oceano para te ler,
Valia mais ainda sobrevoa-lo só para te ver,
Vou além dos mares e das marés para saber,
Queria ser o cais onde amaras o teu querer,
Será que queres a minha aproximação?
Ou o tudo que cerco advém da paixão?
Verborreio agora mais que nunca e sem pudor,
Por momentos que passo atras da nossa ânsia,
Deve ser de febre o meu fogo? Este bradar de vigor,
Que da lebre faz lobo? Ou será da tua fragrância?
Será que Amanhã ainda é cedo para ti?
Ou o Hoje ainda possa passar por aqui?
Será que o amanhecer fica tão longe dai?
Ou ao ler-te nos olhos te penetrei e fugi,
Será que seguras na mão que te agarra?
Que te prende e te abraça com a força da garra.
Será que te lembras do nosso odor do Amor?
Ou ao ver-me desfeito, no leito, enfim a dor...