Não havia o que temer

Havia algo no ar e não era a covardia humana.

Eu existia em algum lugar.

Eu era parte da sua imaginação.

Existia graças a você.

Eu pertencia a seus sonhos funebres.

Era imortal. Embora você não quisesse.

Eu embalava teus pesadelos e tinha vida própria.

Não havia o que temer.

Eu te trazia confusa para o medo.

Eu era forte e te maltratava.

Eu sentia amores.

Estava tudo em você.

Eu podia atormentá-la.

Eu podia confortá-la.

Luiz Antônio
Enviado por Luiz Antônio em 26/04/2013
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