Janela Indiscreta

Tanto a perguntar

Tanto a falar

Ainda tantas coisas a fazer

Rir até perder o fôlego

Ou mesmo chorar

Até o peito pular

E o soluço invadir a garganta

Mas como fazer isso

Em tão curto espaço?

A lacuna é estreita

E eu caminho em território delicado

Entre falar e calar

O silencio é meu instrutor

Ainda sim dividida

A curiosidade carrega meus pensamentos

E eu me negando a cruzar essa fronteira

Então sacio a vontade

Com olhares secretos

Guardando na alma a ansiedade

Consciente de que sou

Envolvida por meus limites

Busco entre algumas palavras

O teu conhecimento

Não dito... Não expressado

Mas interessado e ainda silenciado

Do pouco que alimenta

Ao muito que esvazia

Das gerações afloradas

Em emoções escondidas

Assim me permito

As várias divagações insanas

Que minha mente secretamente me impõe

Tanto a falar

Tanto a perguntar

Coisas a fazer

Que minha lacuna se tornou estreita

Bruxinha Faceira
Enviado por Bruxinha Faceira em 24/04/2013
Código do texto: T4257669
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