Janela Indiscreta
Tanto a perguntar
Tanto a falar
Ainda tantas coisas a fazer
Rir até perder o fôlego
Ou mesmo chorar
Até o peito pular
E o soluço invadir a garganta
Mas como fazer isso
Em tão curto espaço?
A lacuna é estreita
E eu caminho em território delicado
Entre falar e calar
O silencio é meu instrutor
Ainda sim dividida
A curiosidade carrega meus pensamentos
E eu me negando a cruzar essa fronteira
Então sacio a vontade
Com olhares secretos
Guardando na alma a ansiedade
Consciente de que sou
Envolvida por meus limites
Busco entre algumas palavras
O teu conhecimento
Não dito... Não expressado
Mas interessado e ainda silenciado
Do pouco que alimenta
Ao muito que esvazia
Das gerações afloradas
Em emoções escondidas
Assim me permito
As várias divagações insanas
Que minha mente secretamente me impõe
Tanto a falar
Tanto a perguntar
Coisas a fazer
Que minha lacuna se tornou estreita