Devaneando

Quando vivo o devaneio

transfixa a alvura

Inibição cala-me o brado

da flor lábil

serei

o que não direi

do profundo não evade

as palavras,

Sou a que ninguém vê,

do meu devaneio

último e o vento que

diz, diz de mim

desfolhando no outono

A cada esgalho é

uma essência passando

o infinito

Sondando um dia

quem me desvendar.

Amélia Queiroz
Enviado por Amélia Queiroz em 23/04/2013
Reeditado em 05/03/2015
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