teu retrato
Na hora folgada trabalho teu retrato.
Kraft e carvão
Desenho a bela boca do poeta
esfuminho e arrepio...
Passo a mão na camisa e sujo o peito.
Tá furada a roupa do soldado.
Toco as cinco letras com carinho
e rio do trapo que insisto vestir o corpo.
Já não cobre mais nada,
só suja o peito doído de carvão...