teu retrato

Na hora folgada trabalho teu retrato.

Kraft e carvão

Desenho a bela boca do poeta

esfuminho e arrepio...

Passo a mão na camisa e sujo o peito.

Tá furada a roupa do soldado.

Toco as cinco letras com carinho

e rio do trapo que insisto vestir o corpo.

Já não cobre mais nada,

só suja o peito doído de carvão...

inalda lima
Enviado por inalda lima em 19/04/2013
Reeditado em 13/12/2014
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