ALMA NUA

Absorvo uma solidão,
Estranha, imensurável,
Sorvo o vinho amargo, divago entre,
Kafka e Hemingway,
Traço uma prognose,
Os sinos dobram para a metamorfose,
Ando por onde não sei,
Procuro uma tangente,
Uma fluente de ternura,
Algo que me deixe confortável,
Procuro... porem, em vão,
Nada encontro além da loucura,
Sua mística fascinação,
Torna o meu agora, menos baço,
Me vejo seduzido, ido para os seus braços,
Nessa íntima divagação,
Minha alma se ascende em canção,
Ainda que em um voo insustentável,
Se rende à noite; e ausente de lucidez,
Expõe ao luar sua nudez.