IMENSA LOUCURA
(Ps/210)
Quero desnudar o céu de estrelas
Para poder entrar no túnel da imensidão
Sem as estrelas que nem posso vê-las
Transporto minha dor ao largo da razão.
Se a lua tentar me guiar e iluminar
Devo crer numa existência superior
A ela serei eterna e branca a admirar
O feito feitiço, incólume, de esplendor.
Cavalguei nas reentrâncias de um amor
Sublinhei o tempo dos segundos em comoção
Naveguei por labirintos em gozo e torpor
Trancafiei a vida para não haver dissolução.
Diuturnamente, divago pelas labaredas
De uma paixão distendida em mar revolto
Comungo meus momentos lúridos nas divisas
Da lucidez e da loucura, num grito solto!