Demencia

Eu nunca soube o que era,

Sentir a insanidade.

Ter o gosto,

De um torrão amargo.

Só queria voltar,

A ter a razão.

Quando eu bato a porta ao sair,

Vejo a malícia insinuando-se nos olhos

Daqueles que a deveriam tolerar.

Aos cochichos a informação corre,

Para reunir uma multidão

Pronta para praticar a violência

Deixando mutilada

A esperança de quem não tem a razão.

Os que querem proteger

Sofrem

Tentando cobrir com uma capa

Seu bem precioso.

Os olhos que são turvos,

Jamais serão aceitos

Porque estes

Com o tempo perdem a cor.

Nos Templos

Ouve-se as vozes dos que tentam

Neutralizar a Escuridão

Sem darem-se conta

Que os chifres macularam

E a perversidade

Mutalizou demônios.

As orações viram murmúrios

Com todos tendo medo

De deformarem-se

Virando negros ou vermelhos.

Os sinos tocam

Causando arrepios

Levando o som do martelo

Destruindo com fissuras.

Então com o caos

A guerra destroça tudo.

Tudo é reconstruído,

E num ciclo

As coisas retornam

Porém não sem antes

Deixarem feridas

Que parecem incuráveis com o tempo.

Earhuon
Enviado por Earhuon em 30/03/2013
Reeditado em 24/06/2013
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