Demencia
Eu nunca soube o que era,
Sentir a insanidade.
Ter o gosto,
De um torrão amargo.
Só queria voltar,
A ter a razão.
Quando eu bato a porta ao sair,
Vejo a malícia insinuando-se nos olhos
Daqueles que a deveriam tolerar.
Aos cochichos a informação corre,
Para reunir uma multidão
Pronta para praticar a violência
Deixando mutilada
A esperança de quem não tem a razão.
Os que querem proteger
Sofrem
Tentando cobrir com uma capa
Seu bem precioso.
Os olhos que são turvos,
Jamais serão aceitos
Porque estes
Com o tempo perdem a cor.
Nos Templos
Ouve-se as vozes dos que tentam
Neutralizar a Escuridão
Sem darem-se conta
Que os chifres macularam
E a perversidade
Mutalizou demônios.
As orações viram murmúrios
Com todos tendo medo
De deformarem-se
Virando negros ou vermelhos.
Os sinos tocam
Causando arrepios
Levando o som do martelo
Destruindo com fissuras.
Então com o caos
A guerra destroça tudo.
Tudo é reconstruído,
E num ciclo
As coisas retornam
Porém não sem antes
Deixarem feridas
Que parecem incuráveis com o tempo.