Dualidade
Sou uma bruxinha faceira
Com certas doses de poesia na alma
Sou mais faceira do que bruxinha
Mais alma que poesia
Não que a poesia...
Não esteja contida em minha alma
Mas prefiro ouvir a alma
E ditar a poesia
Sou a bruxinha das poesias
Aquela com alma toda faceira
A apaixonada pelas letras
Sou aquela do toque sutil
E do sentir surpreendente
Das meias palavras inteiras
Que deixa entre suas linhas
Mais que palavras partidas
Sou o estremecer de dentro pra fora
Que te arranca os mais profundos suspiros
Que te faz pensar... Ou te faz deixar de pensar...
Que te faz viajar em loucuras
Sou aquela a quem você segreda seus desejos
A bruxinha que lê os olhos brilhantes
E a poesia que deixa tudo exposto
A alma onde tudo comporta
A faceira que te da o sorriso
Sou feita das metades inteiras
Metade loucura...
Metade poesia...
Unidas por um desejo intenso
E inseparável da alma
Acredite você as bruxas existem ainda
E estão por ai... Jogando seus feitiços
É assim que deve ser
Não existe bruxinha sem alma
Poesia sem ser faceira
Como não existe...
Poesia sem alma
E bruxinha sem ser faceira
Sou a poesia da bruxinha
Que na alma nunca deixara de ser faceira
Dois mundos diferentes
Mas que completam o mesmo ser...