AUTORRETRATO
Não gosto do “quase”
Não suporto o “mais ou menos”
Não tolero “qualquer coisa”
Detesto o “talvez”
Irrita-me o “senão”
Abomino o “quem sabe”...
Odeio o “pode ser”
Evito os meios-termos
Desprezo os atalhos
Não gosto do cinza
Amo o azul
Adoro o preto
Mas sou louca
Pelo vermelho!
Amo o “tudo”
Adoro o “mais”
Amo o “fundo”
O “profundo”...
Sou o que sou:
Gosto do avesso
Do desafio
Do difícil
Do travesso
De pagar o preço,
Das entrelinhas,
Das suas, da minhas!
Gosto da pimenta ardida
Da primeira mordida
Das raízes
Do vento frio
De ir a pé
De vida...
De andar com fé!
Não gosto do “quase”
Não suporto o “mais ou menos”
Não tolero “qualquer coisa”
Detesto o “talvez”
Irrita-me o “senão”
Abomino o “quem sabe”...
Odeio o “pode ser”
Evito os meios-termos
Desprezo os atalhos
Não gosto do cinza
Amo o azul
Adoro o preto
Mas sou louca
Pelo vermelho!
Amo o “tudo”
Adoro o “mais”
Amo o “fundo”
O “profundo”...
Sou o que sou:
Gosto do avesso
Do desafio
Do difícil
Do travesso
De pagar o preço,
Das entrelinhas,
Das suas, da minhas!
Gosto da pimenta ardida
Da primeira mordida
Das raízes
Do vento frio
De ir a pé
De vida...
De andar com fé!