Manual do sonho
Um sonho recorrente
Que com os olhos abertos a gente sente
Uma ideia, uma esperança de viabilizar
Espera a gente como um poste espera
Se não andarmos pra encontrar já era
No caminho a gente contempla
Enquanto dele se alimenta
Se disparado não atenta pros percalços
Nos caminhos há o imprevisível
Pedras de poeta ou não
Curvas que não as de Santos
Chuvas que chovem em cântaros
Porém sonho é impermeável
Vontade administrável
Nele é tudo quase à mão
Qualquer progresso foi sonho
Desculpas são perdoáveis
Desde que se volte a ele
Ou que se descubra um dia
Um ainda mais desejável