Eu sou mundano
Eu só queria continuar preso no meu perfeito inferno, sem mais delongas.
Preso a uma maldita e bela eternidade.
Uma alma boa resolveu me livrar do martírio.
Como se eu fosse digno de pena.
Algo que me queima o corpo,
uma luz ofuscante que teima em me cegar,
sou um ser das trevas fadado ao meu lindo inferno.
Não contentar-me-ei com tão fútil proposta.
Eternidade, se nessa vida algo é eterno diga-me o quê.
Foge-me da mente a mais pura explicação.
Não há um eterno.
Nada é eterno.
Eu sou mundano.
Sou mortal.