Lânguida...
Sinto...
Quero reviver
O que outrora produziu minhas emoções... Você!
Reacender a sensação
Que fazia meu corpo tremer
Numa ebulição até explodir...
Em larvas mornas em tuas mãos
Sentir... A erupção que causa
O passear por meu corpo a tua paixão
Sinto...
Que teu beijo encerra
A eternidade num momento...
Pois se apossas dos meus pensamentos
Assentado que estás
No trono do meu desejo...
Soberano
Declarando que o meu, pertence ti,
O teu também é meu... Nosso...
Unos em verdade, em calores e vontades...
Simples assim!
Sinto...
Que estou território conquistado
Absolvido, assimilado, possuído...
Não vejo mais saída
A não ser, viver a minha vida
Misturada em tua vida...
Sem mais fugas de mim
Traduzindo a febre que me consome... Luxúria
É esse o nome!
Sinto...
A posse de tuas mãos
Quando elevas o mais nobre em mim
E mergulho num êxtase sem fim...
E dos pés me foge o chão
E voou nas asas do teu desenfreado querer...
Sinto...
Sede de tua língua, molhada louca...
A roubar meus beijos molhados, entregues
De teus dentes a mordiscar-me a pele...
A devorar-me toda...
Despida de vergonha e roupas... Sua!
Pois meu corpo é tua morada...
E meu coração verte lágrimas de saudade...
E choro a distância nossa realidade!
Com o mover de dedos lentos, leves...
A sussurrar teu nome na escuridão
Sinto...
Os lábios trêmulos... Lânguida fico
Teu cheiro me alcança e seduz
Tua voz a ressoar-me aos ouvidos
Ao silêncio da madrugada me entrego
E faço amor comigo...
Sinto... Frio!
Leito vazio
Corpo aquecido!