Cacos de vidro

Estava quebrado meu copo favorito,

o comprado no mercado, fuleiro, da esquina.

Tantas aventuras juntos.

Eu o usava para beber sangue e me embriagar.

Eu viajava para um mundo meu.

Eu era Deus, eu era Lúcifer.

Eu era louco, eu era são.

Eu era lembranças, eu era um fardo.

Eu me tornei cacos, eu nem era vidro.

Eu era lucidez, eu era vivo.

Eu era pura embriaguez, eu era cacos.

Luiz Antônio
Enviado por Luiz Antônio em 20/02/2013
Código do texto: T4150630
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.