INVEJA

Meus ossos tremeram hoje
Aconteceu quando aqui vim
Era quase gritante a carne
Quanto ódio havia em mim

Ódio de te ver em ascensão e bela
Como sabes fazer-te assim

Tive medo quando olhei o poço negro
Com aquela força de vontade vil
Fossa muito antiga
Devorando vermes
Mastigando silêncio hostil
Qual monstrengo querendo
Comer o filho que pariu

Que decepção admitir minha inveja

Não sei do quê...

Embora despreze sempre
Toda essa coisa ruim
Que com o tempo virou você

Virei dois monstros
Agora eu acho
Pois quero o que é seu enfim
Não sei qual dos três é o mais tenebroso
Sei apenas que preciso
Tirar-me de dentro de mim.
Yura Acy
Enviado por Yura Acy em 12/02/2013
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