O Parto do Poema Doido
Dentro de mim há um poema
Que me perturba todo dia
Pedindo que eu o escreva,
Suplicando a sua alforria.
Mas confunde minha cabeça
Esse maldito poema,
Pois não quer ser preso em rimas,
Não aceita nenhum tema!
Pede apenas pra ser livre,
Só quer acontecer,
Mesmo louco, desvairado,
Mesmo sem nada a dizer.
Mas quando tento escrevê-lo,
Pra nascer de vez, enfim;
Não aceita o que eu penso
Nada quer saber de mim.
Mas olha o que está dizendo!
Que dessa vez eu entendi!
E percebo assustado
Que nasceu agora, aqui.
Era apenas uma lágrima!!!