Dois
Não me leve a sério
Eu não tenho mistérios
Eu só sou farrista
Sou um bom-vivã
Que também trabalha
Quase todo tempo
Nem sobra cimento
Pra me consertar
Este meu amparo
Válvula de escape
Serve de disfarce
Pra me consolar
Eu só regozijo
Quando me arvoro
Rio aqui, mas choro
Num outro lugar
Mas não tenha pena
Que sou flexível
Vejo o impossível
Se algo não tapar
Quero um dia um vértice
Um encontro marcado
Do eu planejado
Com esse que está
Só temo esse choque
Pragmático/místico
É que haverá risco
De eu me encontrar