JÁ É LOUCURA

A dor que congela e não espera,

a esperança que se foi e que se gela,

a dor que se repete e não se altera.

Lágrimas nos olhos, inundam o mundo.

Submundo de um sentimento que não desaparece.

Esquecer-se?

Esquecer não dá, senão para de machucar.

Mancha, sangra, se elabora

mas é tudo em vão:

rachou o coração, só sobrou a solidão.

E por opção largo este vida:

vida de cão!

Nas mãos... nada!

Mas, por precaução, voto contra a razão

e dou evasão do que machuca e não se cura.

Não há sutura:

já é loucura.

Flávia Martin
Enviado por Flávia Martin em 11/03/2007
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