JÁ É LOUCURA
A dor que congela e não espera,
a esperança que se foi e que se gela,
a dor que se repete e não se altera.
Lágrimas nos olhos, inundam o mundo.
Submundo de um sentimento que não desaparece.
Esquecer-se?
Esquecer não dá, senão para de machucar.
Mancha, sangra, se elabora
mas é tudo em vão:
rachou o coração, só sobrou a solidão.
E por opção largo este vida:
vida de cão!
Nas mãos... nada!
Mas, por precaução, voto contra a razão
e dou evasão do que machuca e não se cura.
Não há sutura:
já é loucura.