Alma surda
O corpo que trago por fora de mim
Que às vezes estrago com coisas ruins
Fala-me suas queixas e, nos desesperos,
Pune meus desprezos
E eu só sinto medo ao invés de ouvi-lo
Como se martírio redimisse assim
É por egoísmo dessa alma primitiva
Ou por escapismo das forças imperativas
Que assim considero anti as minhas fraquezas
E esse embate em ambiente hostil
Agrava essa máquina pouco azeitada
Que devolve em males as demandas represadas
Sei que o paradoxo é por ignorância
Mente sã em corpo são ainda é só esperança
Porque os ventos do aviso não prevaleceram
Enquanto o corpo anda, enquanto dorme, enquanto come...
Porém há vexames...
Alguns prazos já quase venceram...