QUANDO

Quando ele; homem- pássaro iluminado,
Pulou da janela do último andar,
Daquele prédio à beira mar,
Ele tinha asas, ele podia voar...
Ele não sabia que iria perdê-las,
Antes de chegar ao seu fado,
Ele queria brincar com as estrelas,
Banhadas pelo flavo do luar,
Ele não queria a solidez do chão baço.
Quando ele estendeu os braços,
Tinha a certeza do verbo encontrar...
Entre os astros, o seu grande amor,
E ali; eternamente sonhar...
Realçado pela ternura.
Escusada procura,
Alienado, desgraçado sonhador,
Perdido no milésimo final da vida,
Só vai servir para aumentar,
As estatísticas sobre os suicidas