Ânsia de fuga

"A mosca na sopa do prato do homem,

O homem do prato no universo surreal.

Vida suja em cinzas de cigarro.

Corpo tóxico existente, realista brutal.

Moribundo; desperdício das ordens sem sentido

Preso a tramas necrosadas, está vivo

E ao mal cheiro mecânico do mundo

Sua morte temida é um anseio de alívio

Quero-me para mim! Gritou ele a todos, e a ninguém.

Quero escrever sem rimas, andar sem roupas,

Uma garota underground, um pensamento anormal

Quero-me manifesto, ou uma viagem cerebral!

E o que te impede de ser louco?

Dizia a Lei, no paradoxo de quem zomba

É o eterno concreto, os ditames, a cobrança

São as provas sem fins, os senhores da vergonha

As indústrias, os papeis, as ordens, os prazos...

São os homens fardados que levaram minha maconha!"

Kevin Barden
Enviado por Kevin Barden em 12/01/2013
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