VIOLÊNCIA
VIOLÊNCIA
Coisa de louco
Mata-se por pouco
Ou quase nada
A morte é anunciada
Perdeu-se a humanidade
Esqueceu-se a verdade
A vida virou mentira
Agora só se atira
Não há perdão
Não há compaixão
Violência total
Amargor existencial
Não há mocinhos
Nesse faroeste
Norte, sul, leste, oeste
Homens daninhos
A vida sempre por um fio
Está aceso o pavio
Saia na rua
Em risco está a vida tua
Grades e mais grades
Muros e mais muros
Não impedem barbaridades
Nem livram ninguém do apuro
Até quando vai a matança
De velho até criança
Ninguém sabe definir
Ninguém para pra refletir
É olho por olho
Dente por dente
Gente ausente
Um viver sem molho
Esse é o extrato
Da conta corrente
Mortes com crédito
Vidas em débito