Escritor

(‘Sou poeta do escuro,

entre penumbras escrevo…’)

Oh! te suplico, dê-me um lápis

… um carvão algo que escreva

ou escreverei com facas e lâminas.

Oh! te imploro, dê-me um papel

… um papel qualquer, algo que possa escrever

ou escreverei na minha pele.

Estão sendo exorcizados de mim palavras;

não conseguirei mais contê-las.

O demônio da tristeza em mim brota

e de tristeza fazem-se poesia;

não adianta o quanto corto suas raízes

a semente do mal sempre germina novamente.

Oh! porque dói tanto?

Porque minha consciência rejeita meu próprio eu?

Exorciza-me de um vez!

Ó anjo porque não vens me visitar?

fazer das minhas lágrimas e dores reféns

e para mim declamar? ’ estás salva’

anjo, anjo porque me odeias tanto

… é que esperar um dia cansa.

Exorcista
Enviado por Exorcista em 08/01/2013
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