QUALQUER LOUCURA

gaguejava odes entre vãos de pernas das moças.

lá do chão, praguejava - alto – dos voos das moscas.

insuflava de seus idílios até os delgados e alvos lírios.

iludia de altos delírios os tatus escondidos dos buracos...

inventava uns espaços frios para o sol queimar

ao discursar os seus apimentados descalabros

deixava o âmago do seu tonteio saltar-lhe

das veias como um febril canto de sereia

a lhe embelezar de poesia vadia, desmiolada,

sem um ínfimo juízo viril na telha...

a loucura, era sua perdição particular, seu lar.

e como exultava ao dizer que ela era sem cura...