CÃO ABANDONADO

Sabes o que é essa palavra — morrer? [...]

É estar peito a peito com nossos antigos amores e

não senti-los! Doida! [...] Não fales nisso: [...] Põe a mão no

teu coração... há aí dentro [...] muito fogo por viver!

Oh! se tu me quisesses amar!

“Noite na Taverna” – A. de Azevedo

Amada, oh, amada! Por que não vês?

Sofri tanto, como um cão abandonado

Que, nas noites, dormiu amargurado

Por querer tocar a sua macia e lívida tez.

De joelhos, vos digo, minha pobre insana:

Sou tudo o que tens, sou todo o amor

Trouxe a ti a vergonha, trar-te-ei o calor

Não queiras o céu ante a mim, doce alma puritana!

Penses bem no que vais me dizer!

Se sim, querida, A Julieta com Romeu vai viver

Mas se não... Sabes bem que fim pra história conceber!

Tão livres na terra, dois, seremos um!

Ou no céu,juntos, nosso amor fluirá...

Mas não pense, que a vida...sozinha, deixar-te-ei abandonar!

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 23/12/2012
Reeditado em 23/12/2012
Código do texto: T4050301
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