CONSCIENCIA DO AMOR
Estrelas libertadas
Caminhos estreitos
Idiomas de borboletas
Analfabetos fetos sem letras
Como muletas arrastadas
Noites ilustradas
Braile olhos nos dedos
Ar rarefeito demônios
Midianitas a nos roubar os sonhos
Poliglotas da essência
Feira de experiência
Sabem rimar dor com "se vira"
Vira de sobrevivência
Ciência de rua
Suor de estrada
Espada de samurai
Saco nas costas
Não vem nem vai
Seres se fazem como pedras
Acendendo o fogo
No atrito da espora
No mascar do agora
Na matemática dos dardos sem direção
Entra e saem noves fora
Medo só de não ter medo
Acordar sempre foi cedo
Calça e arremedo
A vida deu a vida que Deus nos deu
Cabe aprendermos a lição
Aprender é arte
É parte se amar
Triste é perder seu amor
Mais triste ainda
É se decompuser
Mais se a vida quer
Quem não finda
O amor que tanto se quer...
Pra se supor que não é a dor maior de amor
Daquela que fora sua única mulher
E que agora tanto faz
Se era a menos dama de todas
Ou se era a rainha Esther