“Quando o encanto assusta.”
Meu cartão não tem mais crédito,
Transformei o queridinho, num inútil, cartão de crédito.
Realizava os meus sonhos,
Nos extratos que chegavam, por todo este consumo.
Na rotina do meu dia, na minha bolsa eu o levava.
Nas lojas eu passava, com toda diplomacia...
Decidida a comprar, tudo o que eu queria.
Entender eu precisava, afirmava o meu marido,
Pois os extratos enviados, estavam fora dos limites.
Desta queixa eu nem ligava,
É comum entre as mulheres,
Sempre arrumam uma desculpa,
Pra valer... O que mais querem.
O cenário hoje é outro.
É bastante conhecido,
Se o limite esgotou...!
Nós mulheres damos um jeito,
Driblamos... Os nossos maridos,
Pois perder este consumo.
Causam-nos tamanhos... Calafrios.
Opção é indispensável.
Pois no fundo... Queremos sempre mais,
Não importam os caminhos.
Eu não quero ser diferente,
Nem tão pouco me isolar e ficar descontente.
Pois escapar destes cartões... Eu não quero jamais.
Escolhemos maluquices, com tarefas tão difíceis...
De pura adrenalina.
Que ficamos a descabelar,
Quando o encanto nos assusta.
Quando o cartão acaba, o seu limite!
Até hoje me pergunto,
Pra que tanto... Consumismo?!!
O desejo é frenético, ao possuir a criatura,
Mas se torna destrutivo
Quando usado em extravagância,
Sem nenhum constrangimento.
Neire Lú 17/12/2012