Transitoriedade Vital
Não sei se és frieza ou frigidez, agora pouco me importa
O gélido sob os meus pés é bem mais verão
As ressequidas galhas de outrora, deram lugar ao renovar
Pois o verde se torna cíclico, ao sabor do que é mutável
O sulco das pegadas na areia remetem ao meu viver
Considerando as impressões, que são vitais e transitórias
O surto que projeta a escrita, me é alimento almal
Eis que sigo modelando as palavras, ao bel prazer da minha loucura
Retrato com o olhar, o que me é intangível ao toque
Tocado sou transcedentalmente ao transitar pela poesia
Que expurga, decanta e filtra num amálgama perfeito entre lirismo e visceralidade
E assim, diante da contemplação relanço o professar caótico
Não sei se és frieza ou frigidez, o que me importa é o agasalho...