DIPLOMATAS DAS MACONHAS SOCIAIS

DIPLOMATAS DAS MACONHAS SOCIAIS

E declina o centro a esmo no seu eclipsar soturno,...

O sendal do dia despe-se, converte-se em um sudário vil

Onde o lusco-fusco acorda os vampiros do céu noturno

Os lobisomens da Terra cerúlea amamentam-se no seu rio...

Um lago de epidemia. Seres desgrenhados vagam no seu eclipse

Alcoólatras esmolam a miséria da melhora do neurotripse

Mãos tremulam para acender o cachimbo agônico da poesia

É ogivas nucléicas para o cérebro dormir em encefalastenia.

Meninas e até meninos! Vendem-se à troca de um bom bagulho

Roubam, matam e são isentos de leis que os defequem no asco;

Traficantes de órgãos, de pessoas, de drogas vomitam seu orgulho

Vivem da corrupção judicial que moraliza a morte com churrasco.

Bestas fugidias do seu hospício cavalgam a preocupar sua deformação

Vale-se de sua paraplegia para mais bagunçar a nossa humilhação...

Há ainda os paralíticos genéricos! Abandonam muletas para a contabilidade

Usufruem ambiciosos e doutoraços,... Da nossa solidariedade...

Púberes pedintes! Diplomatas das maconhas sociais, filhos marginais

De mães parideiras e sem pais. Nossa natalidade está escravizada

Nas sarjetas dos assistencialismos, em vez, das pedagogias nacionais...

São gânglios evoluídos na Perestróica de uma glasnost subornada.

Estamos grávidos, dos sem terras, dos sem tetos, dos sem comidas,...

Mas todos estão drogados e bêbados, e o dia serve-lhes para lamber as feridas

Para curar a ressaca, para assentar a cegueira e instilar suas peçonhas

Somos,... Uma inveja dos sem! E a vaidade dos,... Sem-vergonhas.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 07/12/2012
Código do texto: T4023536
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.