Longe do Céu
Já não sei o que quero,
Já não sei pra onde vou,
Vejo os dias passando
E não me incomodo mais.
Tudo é tão igual,
Tudo é sempre o mesmo.
Não ouço as trombetas,
Não vejo os anjos,
Longe do céu
Piso sempre o mesmo chão.
O mundo gira e é só!
Deus nos esqueceu aqui.
Também já nem quero mais.
Também, já nem vou!
Que se dane as horas,
Eu não me importo.
Tudo é tão previsível,
Perdeu a graça!
Não há nenhum túnel
Onde achar uma luz
E ela fica por toda parte
Ofuscando meus olhos.
O mundo gira e é só!
E é cada um por si....
Quem já esteve no céu
Não se contenta com isso.
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Pra não ficar tão maluco, vou tentar explicar o que pensei quando escrevi:
Pense no céu como algo que você ama muito, não necessariamente um lugar. Que esta longe, que acabou, e você não pode ter mais.
Sem isso, tudo parece sem sentido, você perde suas referencias e não se encontra:
"Já não sei o que quero,"
"Já não sei pra onde vou,"
Tudo fica monótono, você perde a vontade de viver:
"Vejo os dias passando"
"E não me incomodo mais."
"Tudo é tão igual,"
"Tudo é sempre o mesmo."
Não há mais encanto, não há mais beleza:
"Não ouço as trombetas,"
"Não vejo os anjos,"
E longe nada muda. E nada vai mudar:
"Longe do céu"
"Piso sempre o mesmo chão."
Não há surpresas:
"O mundo gira e é só!"
Nada te salva:
"Deus nos esqueceu aqui."
Sem isso, tudo parece sem sentido, você perde suas referencias e até desiste de procurá-las:
"Também já nem quero mais."
"Também, já nem vou!"
Tudo fica monótono, você perde o interesse por tudo:
"Que se dane as horas,"
"Eu não me importo."
"Tudo é tão previsível,"
"Perdeu a graça!"
Nada te encanta, não vê beleza em nada:
"Não há nenhum túnel"
"Onde achar uma luz"
Todo o encanto e beleza que existe não lhe serve:
"E ela fica por toda parte"
"Ofuscando meus olhos."
Não há surpresas:
"O mundo gira e é só!"
Ninguém vai te salvar:
"E é cada um por si...."
Nada lhe contenta:
"Quem já esteve no céu"
"Não se contenta com isso."