ERRANTE
ERRANTE
Na obscuridade
Da minha insanidade
Absorvo meus traumas
Revolvo minhas almas
Almas sofridas e descontentes
Que norteiam um corpo verme
Do final temente
Que lhe comam a derme
Nas almas dicotômicas
Sem estrutura harmônica
Vive um ser perdido
Nem mocinho nem bandido
A procura de sentido
Um ser aborrecido
Que não sabe esclarecer
Que não deseja estabelecer
Prefere as rondas
Preferencialmente no escuro
Acompanhando ondas
Do que pensar maduro
Acompanha a maré
Num sobe e desce constante
Nada vê adiante
Nada sabe nem o que é
Assim segue na vida
A espera da morte
Que quem sabe com sorte
Me dê alguma guarida