salve os loucos!

Lá vem o imperador em seu cavalo branco,

Vulnerando todos, conquistando a Europa;

Cegueira e demência atacam pelos flancos,

E triunfa célere, o vigor bélico dos francos,

Colocando por terra cada um, com qual topa...

Os chifres agudos do seu elegante cavalo,

Apontam o rumo onde o inimigo se oculta;

Sensatez e bom siso não podem assustá-lo

Verdade e gratidão ele descarta num valo,

E lança pedras preciosas com a catapulta...

Se a paixão fere o coração vigora a loucura,

Não a ponto de passar sob um risco no chão;

faz perucas dos pelos em ovos que procura,

até a luz do sol acaba lhe parecendo escura,

melhor concordar, se ele pensa ser Napoleão...